sábado, 15 de agosto de 2009

Ópera Bastien and Bastienne, de Mozart

Com mais de 600 obras, Mozart é um dos grandes compositores do Período Clássico, integrando a Primeira Escola de Viena ao lado de Haydn e Beethoven.
"BASTIEN and BASTIENNE" foi composta em 1768, com doze anos de idade, para o médico e amigo da família Dr. Anton Messmer. A letra é de F.W. Weiskern, J.H.F.Müller e J.A. Schachtner, uma adaptação alemã inspirada no pequeno intermezzo "Le devin du village", de Rousseau, grande filósofo francês. Bem recebida pelo público, essa pequena ópera impulsionou sua carreira, que contou com o aprimoramento desse gênero ao longo de sua vida.
A genialidade desse compositor teve início aos 4 anos de idade, quando compôs a sua primeira peça para piano, aos 5 anos escrevia peças para o cravo.
Aos 6 anos, com sua irmã Marianne, fêz uma tournée musical em Munich, à qual se seguiram várias outras. Seu pai Leopold - ótimo violinista - empregado da corte, percebeu o talento musical dos dois filhos (Mozart e Maria Anna) e aproveitou-os para ganhar dinheiro. O grupo fêz intensas viagens, com o pai exibindo os filhos prodígios, por toda a Europa entre 1763 e 1766. O garoto brincava tocando de olhos vendados, improvisando temas que a platéia cantarolava, etc. Mais tarde começou a aparecer sozinho, deixando os assistentes atônitos com a sua execução e composição.
Aos 7 anos compôs a sua primeira sonata e aos 8 escreveu uma sinfonia.
Mozart compôs 40 sinfonias, concertos para vários instrumentos, sonatas, trios, quartetos, quintetos e composições para orquestra e óperas. Em seu último ano de vida, já doente, entre outras obras escreveu a ópera "A Flauta Mágica" , um concerto para piano, um quinteto para instrumentos de corda e a "Missa de Réquiem". .
Wolgang Amadeus Mozart nasceu em Salzburgo a 27 de janeiro de 1756, residiu em Viena entre 1781 e 1791, sendo esse período de sua vida motivo de distorções históricas. Por um lado há os que acreditam na sua infelicidade quando adulto, sem conseguir um trabalho fixo a lhe oferecer certa segurança, e portanto estar sempre às voltas com a miséria. Para o historiador alemão Volkmar Braunbehrens - autor do livro "Mozart in Vienne" - Mozart chegou a ganhar mais do que qualquer outro músico empregado na cidade. Esclarece que a morte do compositor causou comoção local, chegando a receber uma cerimônia de "dor" na Loja Maçônica à qual Mozart pertencia , com o comparecimento de cerca de 4 mil pessoas. Ele não foi sepultado como indigente, pois naquela época só os nobres tinham direito a um túmulo individual ornamentado.
Suas composições são de grande pureza musical, cheias de brilho, alegria e frescor. Mozart foi reconhecido como um compositor de idéias fartas e admirado em vida. Sua característica marcante é a sequência de belas idéias numa composição. O Imperador José II (1781) , por ocasião da apresentação de Mozart em sua corte, recém chegado de Salzburgo, definiu essa sua característica da seguinte forma: "notas demais, sua música tem notas demais" . É justamente essa qualidade que espanta e seduz atualmente. Nos primeiros anos em Viena Mozart sobreviveu vendendo música de câmara. Percebeu depois que a ópera lhe renderia mais dinheiro e compôs a mais bela e perfeita trilogia lírica da música: Le Nozze di Figaro, Don Giovanni e A Flauta Mágica.
Em outubro de 1791 Wolfgang começou a compor o Réquiem, mas teve depressão e delírios de que fora envenenado. Já doente marcou ensaio para o inacabado Réquiem, instruindo o aluno Süssmayr sobre como terminar a obra. Dia 4 de dezembro os amigos cantaram parte do Réquiem em volta da cama de Mozart, mas com o avançar da noite ele piorou e faleceu à meia-noite e 55 minutos da madrugada do dia 05 de dezembro de 1791.
Mozart se foi, mas sua música permanece em todo o seu brilho e fulgor. A sua genialidade é inquestionável, foi o primeiro compositor na história da música que compôs para todos os tipos de público, e não só para audiências cativas, como as da Igreja e da nobreza.